Rendimento fixo
5 min par ler 2 nov 23
Queira consultar o glossário para uma explicação sobre os termos de investimento utilizados ao longo deste artigo.
Há algum tempo que a inflação tem estado nas manchetes dos jornais. É provável que todas as pessoas tenham sentido de alguma forma o impacto da inflação. Tendo em conta o atual contexto de elevadas taxas de juro, poderemos pensar que o melhor mesmo é poupar. A inflação alta poderá fazer com que as pessoas fiquem preocupadas com os seus investimentos. Contudo, numa economia inflacionista, não ter o dinheiro investido poderá diminuir o seu património total e poder de compra a longo prazo. Que outras opções temos?
Em geral, considera-se que o investimento é uma forma prática de capitalizar o dinheiro para que consiga acompanhar a inflação. Há várias maneiras de investir e um vasto leque de opções. Neste artigo, vamos explorar o mundo das obrigações – uma forma comum de investimento que, em geral, comporta um risco menor do que a compra de ações de uma empresa. Vamos explicar o que são as obrigações, como funcionam e o impacto que a inflação pode ter se decidir investir em obrigações.
Não se esqueça de que o valor do seu investimento pode aumentar e diminuir, pelo que poderá não recuperar o montante investido inicialmente.
Por norma, as obrigações são consideradas uma forma de investimento que acarreta menos riscos do que investimentos noutros tipos de ativos, como valores mobiliários e ações (também conhecidas como participações numa empresa), logo poderão desempenhar um papel essencial numa carteira de investimento diversificada. Assim, poderá revelar-se importante ter obrigações na carteira durante momentos de incerteza financeira ou se estiver a aproximar-se da reforma e pretender uma abordagem mais cautelosa.
Ao investir em obrigações, o investidor pode receber um rendimento constante, assim como a quantia investida inicialmente no final do prazo de empréstimo. Como a taxa de juro é fixada quando compra uma obrigação, em geral o investidor saberá quanto irá receber e quando. Se depende dos seus investimentos como fonte de rendimento, o recebimento regular de pagamentos de juros das obrigações pode facilitar o seu planeamento futuro.
O investidor paga um preço fixo aquando da compra de uma obrigação na data de emissão. Contudo, pode transacionar uma obrigação com outros investidores, um pouco à semelhança daquilo que se pode fazer com as ações. Assim, quando compra ou vende uma obrigação desta forma, o respetivo preço de “mercado” é afetado por uma série de fatores, entre os quais, a inflação.
As obrigações são recorrentemente utilizadas para gerir o risco das carteiras, mas uma inflação elevada pode afetar o desempenho das obrigações porque os juros que pagam, por norma, são fixados aquando da data de emissão. Por exemplo, se uma obrigação oferece uma taxa de juro de 5% e a inflação se situa em 4,5% na realidade o investidor só está a obter uma rendibilidade de 0,5%. Tal significa que as obrigações têm tendência para se tornar menos atrativas – e, consequentemente, os seus preços caem – quando a inflação está numa trajetória ascendente. Pelo contrário, se a inflação está em queda, uma taxa de juro fixa de 5% torna-se, em teoria, muito mais interessante.
As decisões tomadas pelos gestores de fundos podem dar-lhe muitas pistas sobre as expectativas para os mercados, as tendências, as taxas de juro e, naturalmente, a evolução futura da inflação. Por exemplo, se os gestores decidiram adicionar mais obrigações ao seu fundo, tal pode significar que antecipam um abrandamento da inflação no curto prazo, em determinadas regiões. E o inverso também se aplica quando reduzem o peso das obrigações na carteira.
Contudo, é óbvio que diferentes tipos de obrigações, como as obrigações empresariais “high-yield” e as de diferentes países podem apresentar um desempenho diferente em virtude das suas condições “locais”. Este é apenas mais um motivo para investir com especialistas do seu lado. Os especialistas posicionam ativamente os fundos de acordo com análises aprofundadas do mercado, estudos e informações especializadas a fim de ajudar os investidores a concretizar os seus objetivos a longo prazo.
O valor dos investimentos diminuirá e também aumentará, o que fará com que o valor do seu investimento diminua e aumente, e poderá receber menos do que inicialmente investiu.
As opiniões expressas neste documento não devem ser consideradas como sendo uma recomendação, conselho ou previsão. Saiba que a M&G Investments não pode dar-lhe aconselhamento financeiro. Caso tenha qualquer dúvida sobre a adequação do seu investimento, deverá falar com o seu consultor financeiro.