Perspectivas
3 min par ler 11 set 24
Queira consultar o glossário para uma explicação sobre os termos de investimento utilizados ao longo deste artigo.
Não é de estranhar que muitos investidores sejam cautelosos em relação a assumir “riscos” com o seu dinheiro. Mas e se o maior risco for a incompreensão do próprio risco? Uma abordagem demasiado cautelosa pode dificultar a realização dos seus objetivos financeiros. Neste artigo, pretendemos acabar com alguns dos mitos sobre o risco que podem estar a impedi-lo de aproveitar oportunidades de investimento que poderiam ser adequadas para si.
Ninguém gosta de incertezas, mas qualquer investimento se resume a aceitar um certo nível de risco. E um dos maiores riscos de investir é a incompreensão do próprio risco.
Os investidores que tentam evitar completamente todos os riscos podem perder potenciais oportunidades de aumentar a rendibilidade dos seus investimentos. Dependendo da sua situação individual e dos seus planos para o futuro, assumir algum risco poderia ser útil, ou mesmo essencial, para atingir os seus objetivos financeiros.
Reserve algum tempo para refletir sobre a sua tolerância ao risco – como se sente quando vê o seu investimento desvalorizar-se? Compreender o nível de risco que se sente confortável em assumir com o seu dinheiro é um passo importante na escolha de uma abordagem de investimento que se alinhe com as suas necessidades e situação pessoal.
O valor dos investimentos irá flutuar, o que fará com que os preços diminuam e aumentem. Poderá não recuperar o montante inicialmente investido. Antes de tomar qualquer decisão de investimento, é sempre importante fazer a sua pesquisa e refletir sobre os riscos que está disposto e é capaz de correr.
Pode ser fácil confundir “risco” com “volatilidade”. O risco de investimento resume-se, em última análise, a uma coisa: a possibilidade de perder parte ou a totalidade do seu dinheiro quando chega a altura de vender o seu investimento.
A volatilidade, por outro lado, é uma medida de quanto o preço de um ativo (como ações ou obrigações) se move ao longo do tempo. É uma parte natural do investimento e a verificação constante do desempenho da sua carteira pode desencadear uma ansiedade desnecessária. Embora sejam esperados altos e baixos no mercado, a diversificação dos seus ativos poderia ajudar a reduzir o impacto do desempenho de um único investimento no seu património global, em caso de queda do seu valor.
Não pensamos que o risco deva ser confundido com a volatilidade, mas é verdade que a volatilidade pode ser inquietante. Diversificar a sua carteira de investimentos pode ajudar a facilitar o caminho. Diversificação significa simplesmente repartir o seu investimento para reduzir o risco potencial. Pode diversificar o seu investimento, investindo numa série de ativos ou geografias diferentes, por exemplo, para não ter todos os ovos no mesmo cesto.
Dito isto, embora a diversificação seja importante, é também bastante complicada de acertar – e é por isso que alguns investidores optam por deixá-la para os especialistas.
Consideramos que um dos mais graves é o de que o risco é estático. Por exemplo, as obrigações do Tesouro são investimentos de baixo risco e os títulos de capital (ações de empresas) são de alto risco. Embora o desempenho passado não seja indicativo do desempenho futuro, a longo prazo, as ações têm sido historicamente mais voláteis e mais rentáveis do que as obrigações. Mas também houve vários períodos em que as ações tiveram um desempenho inferior ao das obrigações.
O risco depende do preço que pagamos por um ativo em comparação com o preço pelo qual o vendemos. Quando os investidores começam a sobrevalorizar a “certeza” e até considerar um ativo como “isento de risco”, é frequente que este esteja no seu ponto mais arriscado.
O valor dos investimentos irá flutuar, o que fará com que os preços diminuam e aumentem. Poderá não recuperar o montante inicialmente investido. O desempenho no passado não é indicativo do desempenho no futuro. As opiniões expressas neste documento não devem ser consideradas como sendo uma recomendação, conselho ou previsão. Não nos é possível dar conselhos financeiros. Caso tenha qualquer dúvida sobre a adequação do seu investimento, deverá falar com o seu consultor financeiro.