Como deverá falar sobre dinheiro com os seus amigos?

6 min par ler 24 ago 22

Queira consultar o glossário  para uma explicação sobre os termos de investimento utilizados ao longo deste artigo.

Falar de dinheiro com outra pessoa é algo que, muitas vezes, não está no topo da nossa lista de coisas a fazer. Mas por que razão será assim, se o dinheiro é uma parte tão inquestionável das nossas vidas?

Talvez pensemos que não temos o nível certo de conhecimentos financeiros para falar com as pessoas sem nos preocuparmos com o facto de podermos parecer ignorantes, ou talvez pensemos que os pormenores das nossas finanças pessoais terão pouco interesse para elas. Ou tratar-se-á apenas de mera etiqueta – não se fala de dinheiro com as outras pessoas, ponto final? 

Adotar uma abordagem colaborativa

As nossas finanças são como a maioria dos desafios que enfrentamos na vida. Ouvirmos opiniões alternativas poderá fazer toda a diferença para não nos aventurarmos sozinhos. Se olharmos para o dinheiro da mesma forma que olhamos para a nossa saúde e bem-estar físico, para as nossas carreiras e até para os nossos destinos de férias, as conversas que nos dão orientações e perspetivas têm potencial para influenciar as nossas decisões e situações financeiras de alguma forma.

Então, como começar a falar de dinheiro, especialmente quando não nos sentimos à vontade para partilhar informações pessoais? Começar é, quase sempre, a parte mais difícil. Eis alguns aspetos a considerar, e que podem ser úteis.

1. Seja paciente

Pode parecer óbvio, mas é crucial abordar as conversas sobre finanças com paciência. A maioria de nós terá níveis diferentes de à-vontade quando se trata de discutir dinheiro – é importante respeitar o facto de os nossos amigos poderem estar dispostos a partilhar menos informações, ou talvez nenhumas. Mas vale a pena persistir: Poderão ficar aliviados por ser algo sobre o qual você quer falar. Poderão ter perguntas, ou até preocupações, relativamente às quais poderá ajudá-los, ou vice-versa. Como com tudo, ser bom em finanças pessoais e até nas conversas sobre esse assunto requer alguma prática.

2. Mantenha um espírito aberto

Se você é uma pessoa que normalmente anda a mudar o dinheiro de sítio 10 minutos antes da meia-noite e do fim do prazo, é possível que conheça alguém que faz o contrário, ou alguém que vai colocando pequenas quantias de dinheiro nas suas poupanças ao longo do ano. Falar com essas pessoas sobre como e por que motivo investem poderá ser útil.

Falar com os amigos poderá ajudá-lo a tornar-se mais disciplinado com as suas próprias poupanças no futuro, e a ganhar hábitos melhores e até menos estressantes. Por exemplo, os seus amigos poderão falar-lhe do poder de fazer uma capitalização com os seus investimentos, algo que poderá fazer diferença se investir mais cedo em vez de mais tarde no ano fiscal. Ou sobre como investir pouco, ou frequentemente, em vez de investir um montante de uma só vez ajuda a amenizar os altos e baixos dos investimentos deles, distribuindo os valores pagos ao longo do ano fiscal.

Perguntar-lhes qual o motivo de investirem de determinada forma poderá também ser útil. Os seus amigos poderão já ter um plano estabelecido para ajudar a financiar o curso universitário de um filho, ou que lhes permita uma reforma antecipada juntamente com o cônjuge. Poderá ser algo que você realmente nunca considerou ou que tenha excluído por não ser “ao seu estilo”. É essencial estar aberto a ouvir sobre formas diferentes de fazer as coisas.

A conclusão aqui consiste em estar aberto a pensar de forma diferente sobre como poupar para o futuro, onde investir, e porquê. Poderia adotar uma abordagem diferente que pudesse oferecer-lhe maior potencial para crescimento a longo prazo ou uma solução mais rentável?

O valor dos ativos do fundo diminuirá e também aumentará, o que fará com que o valor do seu investimento diminua e aumente, e poderá receber menos do que inicialmente investiu.

3. Perguntar não ofende

Apesar de os seus amigos poderem não ser a fonte de todos os conhecimentos no que diz respeito a pensões ou investimentos, se há algo que não compreende, por que não perguntar? O amigo que está confiante em que irá reformar-se aos 50 anos de idade – por que não perguntar-lhe como tenciona fazê-lo? 

Se não estiver 100% seguro sobre os potenciais méritos dos fundos, numerário ou ações e participações, é bem possível que algum dos seus amigos tenha opiniões sólidas sobre isso. Conhecer o contexto na vida real das decisões financeiras de alguém de modo informal e motivante pode ajudar a torná-lo concreto, o que poderá acabar por ajudá-lo, a si, no seu próprio planeamento financeiro.

4. Em que é que os seus amigos andam a investir?

Com tantos prestadores de serviços financeiros diferentes à disposição, poderá ser difícil manter-se a par da oferta em novos produtos, abordagens de investimento e funcionalidade digital. Quer esteja a pensar experimentar o prestador de serviços online novo no mercado, ou a pensar escolher uma sociedade com um historial reconhecido, falar com os amigos pode ajudar. Afinal, a experiência direta pode, por vezes, dar uma nova perspetiva.

Vale sempre a pena conversar para saber também se têm conhecimento de algumas ofertas de lançamento por parte dos prestadores de serviços financeiros. É frequente as pessoas serem de alguma forma recompensadas por serem um cliente recomendado ou por terem feito uma recomendação. Desde que as opções de poupança que escolher sejam as adequadas, obviamente. A questão é: se não tiver essa conversa, poderá estar a desperdiçar uma oportunidade.

5. Pensar bem antes de se comprometer

As conversas com amigos podem, muitas vezes, trazer novas abordagens e ideias relativamente às suas finanças pessoais. Podem ajudá-lo a compreender melhor a sua situação, ajudá-lo a si, e à sua família, a ganhar bons hábitos e a sentir mais segurança no que respeita aos vossos futuros financeiros. Ou os seus amigos poderão simplesmente validar aquilo que você já está a fazer.

Mas importa lembrar que, aquilo que é bom para uma pessoa e para a sua situação, poderá não ser o correto para outra pessoa. Por exemplo, alguns amigos poderão estar a alargar-se demasiado em termos de aplicações de dinheiro, ficando em dificuldades para acederem a dinheiro para as suas necessidades financeiras no dia-a-dia.

Outros poderão sentir-se mais à vontade do que você para correrem riscos maiores com as respetivas poupanças. E, obviamente, outros poderão contentar-se em guardar o dinheiro no banco para um momento difícil, em que o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) garante depósitos em dinheiro até ao limite de 100.000 euros, contrariamente ao que sucede com investimentos em ações e participações em que o seu capital está, obviamente, em risco.

O valor e rendimento dos ativos do fundo diminuirá e também aumentará, o que fará com que o valor do seu investimento diminua e aumente. Não há qualquer garantia de que o fundo alcance o seu objetivo, e o investidor poderá recuperar um valor inferior ao montante que inicialmente investiu.

As opiniões expressas neste documento não devem ser consideradas como sendo uma recomendação, conselho ou previsão. Saiba que a M&G Investments não pode dar-lhe aconselhamento financeiro. Caso tenha qualquer dúvida sobre a adequação do seu investimento, deverá falar com o seu consultor financeiro.

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